Relação da morfologia facial e o nível de sonolência em pacientes com a síndrome da apneia obstrutiva do sono
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Palavras-chave

Síndrome da apneia obstrutiva do sono
Face
Transtornos do Sono

Como Citar

de Moura, R. F., Pereira, A. L. P., Júnior, J. R. da S., Salgado, K. R., Mello, K. C. F. R., & Brandão, G. A. M. (2018). Relação da morfologia facial e o nível de sonolência em pacientes com a síndrome da apneia obstrutiva do sono. Revista Digital APO, 2(2), 17–23. https://doi.org/10.5935/2526-8155.20180010

Resumo

A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma desordem respiratória crônica, caracterizada pela obstrução das vias aéreas superiores. Acredita-se que o biotipo facial e o padrão esquelético podem estar relacionados com a SAOS. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a relação da morfologia facial e o nível de sonolência em pacientes diagnosticados com a SAOS. Foram utilizados 28 prontuários de pacientes diagnosticados com SAOS que buscaram tratamento em um consultório particular odontológico no município de Belém, Pará, Brasil. Foram utilizadas as fotografias da documentação ortodôntica para realizar a análise morfológica, e os pacientes foram classificados de acordo com a tipologia facial, perfil e formato do palato. Os pacientes também preencheram um questionário de Escala de Sonolência de Epworth (ESE). A idade média dos pacientes homens e mulheres foi de 48 e 58 anos, respectivamente. Dos prontuários analisados, 35,7% dos homens e 50% das mulheres foram classificados como braquicefálicos. Quanto à escala de sono, as mulheres tiveram uma maior porcentagem de sonolência moderada (35,7%) em relação aos homens (28,6%). Quando aplicado o teste Qui-Quadrado, índice de correlação de Spearman e a análise de regressão linear múltipla, os resultados obtidos não foram estatisticamente significativos (p>0,05) para todas as variáveis. Os dados deste estudo não foram capazes de confirmar a relação da morfologia facial com a ESE. No entanto, a análise da morfologia facial e a escala de sonolência podem ser usadas para auxiliar no diagnóstico da SAOS.

https://doi.org/10.5935/2526-8155.20180010
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