Resumo
A autopercepção da saúde bucal do idoso é a interpretação que ele faz em relação ao seu estado de saúde, o qual reflete a experiência subjetiva sobre seu bem-estar funcional, social e psicológico, podendo ser o fator determinante na busca por atendimento odontológico. Objetiva-se analisar as publicações científicas sobre a autopercepção de saúde bucal nos idosos do Brasil a fim de orientar aos cirurgiões-dentistas na conduta para esta população específica. Consiste na revisão qualitativa do tipo narrativo, através de pesquisa nas principais bases literárias, a partir dos descritores: “saúde bucal”, “idoso” e “autopercepção”. Verificou-se que diversos métodos são utilizados na literatura para avaliação da autopercepção da saúde bucal, tais como perguntas diretas e formulários validados, como o do Projeto SB Brasil, o Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI) e do Oral Health Impact Profile (OHIP-14). Observou-se maior prevalência de percepção “negativa” ou “ruim/baixa”, relacionadas com a ausência dentária e insatisfação com a mastigação e aparência bucal, gerando impactos negativos na qualidade de vida. A autopercepção considerada “ótima/boa” foi mais frequente entre mulheres e analfabetos, uma vez que parecem estar mais conformados com a sua condição bucal do que os que tem alguma escolaridade. Os achados deste estudo sugerem que o papel do cirurgião-dentista é proporcionar a educação em saúde BUCAL, promover a valorização do autocuidado, a mudança da autopercepção sobre saúde e consequente melhorar a qualidade de vida.
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